Vínculo Mãe-Filho

A relação entre mãe e bebé começa ainda antes do nascimento. O planeamento (sempre que possível), e aceitação da gravidez e todos os preparativos para a chegada da criança são já o início deste relacionamento afectivo que deve ser dos mais fortes e duradouros da humanidade e que pode também ser visto também como um mecanismo de protecção da espécie.

A sobrevivência e segurança do bebé dependem inteiramente da mãe, ainda antes do nascimento. A grávida, ao longo de toda a gestação, vai desenvolvendo os instintos e as aprendizagens necessárias aos cuidados que o seu filho vai precisar após o nascimento. No terceiro trimestre, a mãe já sabe identificar os períodos de repouso e actividade do bebé, assim com os seus horários.

O tempo do parto é dos mais preciosos e enriquecedores na vida dos pais, especialmente da mãe.

O ambiente que envolve todo o processo – parto e pós-parto – deve ser o mais tranquilo e aconchegante possível. É nesta altura que se dá o primeiro toque, o primeiro olhar e se estabelece o primeiro vínculo físico fora do útero.

A formação e consolidação deste vínculo requer tempo, paciência, amor e compreensão. Os bebés não trazem livros de instruções e as mães não nascem ensinadas.

A presença física é fundamental para formar e reforçar este vínculo afectivo. Há também alguns factores muito importantes a levar em conta, que contribuem para esta ligação:

  • Amamentação – a prolactina [ https://www.medela.pt/amamentacao/jornada-da-mae/oferta-e-procura-de-leite-materno,]  presente no acto de amamentar ajuda a reforçar o vínculo mãe/bebé ao permitir que a mulher, através de reações químicas hormonais, se sinta predisposta a transmitir segurança, carinho e amor ao bebé.
  • Contacto olho a olho – o primeiro rosto que o bebé vê e reconhece é o da mãe. Olhar nos olhos de bebé ajuda a conhecer as suas expressões faciais e a reforçar a ligação emocional.
  • Voz da mãe – da mesma forma que a visão, o bebé reconhece vozes logo desde o nascimento. Reconhecer a voz da mãe identificando-a com o rosto é importante para o desenvolvimento afectivo da criança.
  • Odor – poucas horas/dias após o nascimento o bebé já distingue o cheiro do leite da mãe do de outras mulheres.

É importante que o pai também participe nesta relação mãe/filho. Na realidade, o bebé deve ser um dos vértices desta triangulação afectiva. Falar com o bebé, interagir pele a pele, estar presente na amamentação ou mesmo participar quando o bebé é alimentado a biberão faz com que o pai também estabeleça vínculos afectivos com a criança e reforce os que já tem com a  mãe.

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